• Febre leve;
• Mal-estar e fadiga;
• Icterícia (pele e olhos amarelados);
• Urina escura (cor semelhante à de refrigerante de cola);
• Fezes claras ou esbranquiçadas;
• Náuseas e vômitos;
• Dor abdominal.

Nota: A maioria das crianças não apresenta sintomas, enquanto nos adultos os sintomas são mais frequentes.

• Pessoas que vivem em áreas com saneamento básico inadequado;
• Trabalhadores expostos a águas contaminadas, como durante enchentes;
• Indivíduos em situação de deslocamento ou abrigos com condições sanitárias precárias;
• Homens que fazem sexo com homens;
• Pessoas imunossuprimidas ou com doenças crônicas no fígado.

Diagnóstico
O diagnóstico da hepatite A é realizado por exames de sangue que identificam anticorpos específicos da classe IgM contra o vírus, confirmando a infecção.

Tratamento
Não há tratamento específico para a hepatite A, e os cuidados são voltados para o alívio dos sintomas:

• Repouso e hidratação para ajudar na recuperação
• Evitar medicamentos potencialmente tóxicos para o fígado, como paracetamol, nimesulida e diclofenaco
• Monitoramento médico em casos mais graves para avaliar a evolução da doença

A hepatite A é uma preocupação significativa em cenários onde o saneamento básico é inadequado, especialmente em situações de desastres naturais, como enchentes. Nessas condições, a contaminação da água e dos alimentos pode facilitar a transmissão do vírus, levando a surtos localizados.

Indivíduos que nunca tiveram contato com o vírus, particularmente em regiões de baixa endemicidade, são mais vulneráveis em contextos de surtos. Além disso, trabalhadores que lidam diretamente com água contaminada, bem como populações que vivem em áreas sem acesso a condições sanitárias adequadas, também estão em maior risco.

1. Pereira FEL, Gonçalves CS. Hepatite A. Rev Soc Bras Med Trop. 2003;36(3):287-92. doi:10.1590/S0037-86822003000300012. Consultado em: 26 de setembro de 2024. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsbmt/a/T7s8rdtsbh6GybHqxJcxxwk/ 
2. Tavares A. Hepatite A: doença que afeta o fígado é comum em enchentes e pode ser prevenida com vacina; conheça os riscos. 2024 [Internet]. Butantan; 2024 [citado em 26 de setembro de 2024]. Disponível em: https://butantan.gov.br/noticias/hepatite-a-doenca-que-afeta-o-figado-e-comum-em-enchentes-e-pode-ser-prevenida-com-vacina–conheca-os-riscos
3. Ministério da Saúde (BR). Hepatite A: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. 2024 [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; [citado em 26 de setembro de 2024]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/hepatite/

O vírus da hepatite A é transmitido principalmente por via fecal-oral, ou seja, pelo contato com água ou alimentos contaminados por fezes de pessoas infectadas, através de:

• Consumo de água ou alimentos contaminados, especialmente em situações de saneamento básico precário;
• Contato direto com pessoas infectadas (por exemplo, ao trocar fraldas ou cuidar de pessoas doentes);
• Práticas sexuais, como sexo oral-anal, sem proteção.

Durante enchentes, a proliferação do vírus pode aumentar consideravelmente, já que as águas podem estar contaminadas com esgoto.

A prevenção da hepatite A depende de:

1. Vacinação: 
   • A vacina contra a hepatite A é altamente eficaz (95%) e administrada em duas doses, com intervalo de 6 meses entre elas. No caso de surtos ou desastres naturais, a vacinação emergencial pode ser recomendada.

A Sinovac contribui para a saúde pública com o desenvolvimento de vacinas eficazes para a prevenção da hepatite A. Para mais informações, acesse o portfólio global da Sinovac

Acesse o portfólio

Nota: O portal global pode conter informações em outro idioma e dados que seguem as regulamentações locais.

2. Cuidados com a higiene:
   • Lavar as mãos frequentemente, especialmente após usar o banheiro ou antes de preparar alimentos;
   • Filtrar ou ferver a água antes do consumo, especialmente em áreas de risco.
   • Tratar a água com hipoclorito de sódio (2 gotas por litro de água, deixando descansar por 30 minutos);
   • Evitar alimentos crus ou mal cozidos, como frutos do mar, em áreas de surtos;
   • Usar preservativos em práticas sexuais, especialmente em casos de sexo oral-anal.

Em casos raros, a hepatite A pode evoluir para insuficiência hepática aguda, necessitando de internação hospitalar e suporte intensivo.

Nota: A vacinação é a melhor forma de prevenir a hepatite A e suas possíveis complicações.

Para mitigar o impacto da hepatite A em situações de risco, algumas ações complementares são fundamentais, como por exemplo:

• Implementar campanhas de vacinação emergencial em regiões afetadas por surtos ou desastres naturais;
• Garantir que os alimentos sejam bem cozidos e higienizados com água tratada para evitar a ingestão de partículas virais;
• Adotar práticas de saneamento básico, como filtrar ou ferver a água antes do consumo, especialmente em locais onde a água potável não está disponível;
• Evitar contato direto com água contaminada, uma medida particularmente importante em áreas atingidas por enchentes.